terça-feira, 30 de agosto de 2011

Identidade


Ajudando a criança na construção da sua identidade


Sabemos que a identidade é construída desde que nascemos, mas como será que os adultos têm contribuído para a construção das nossas crianças?

Se quisermos um mundo melhor é inevitável que olhemos para as sementinhas que estamos cultivando, pois elas, nossas crianças, serão os pais de uma geração e os governantes de um país.

Ao considerarmos que durante os sete primeiros anos de vida formamos 80% da nossa personalidade, percebemos a importância da educação infantil. 
Através do estímulo do professor, dos pais e das pessoas que de alguma forma servem de exemplo para a criança, ela constrói sua identidade, experimentando, identificando suas preferências, reconhecendo seus limites e se conhecendo todos os dias um pouco mais.  Essa construção se inicia ao nascermos e só termina ao final de nossas vidas, mas é fato que palavras ditas e mensagens traduzidas em gestos  e olhares durante a infância são marcantes e deixam sinais que levamos para a vida toda.

Pensando nisso, é hora de revermos posturas e pensamentos sobre como conduzimos a educação de nossas crianças, pois certamente o que estimularmos agora, colheremos mais tarde.

John Powell, em seu livro Por que tenho medo de amar?, diz que somos amplamente formados  por outras pessoas que, de um modo quase assustador, detêm nosso destino em suas mãos, pois “Somos todos produtos daqueles que nos amaram... ou se recusaram a nos amar.” É quase impossível aceitar que a autoimagem que construímos seja produto daquilo que outras pessoas nos disseram. 
E nós, pais e educadores, como temos ajudado nossas crianças na construção da sua identidade, da sua autoimagem e da sua autoestima?

Temos valorizado e reforçado comportamentos positivos, ou nos apegado apenas ao errado e negativo? 
Temos valorizado suas características físicas, ajudando-as na construção da sua autoimagem ou temos imposto padrões de beleza que ameaçam a sua autoestima e sua identidade?
Temos conduzido a educação com base no amor e no respeito, ou temos repreendido-as e punido-as. 
Temos aberto espaço para diálogo, trocas e negociações ou somos autoritários, impondo nossas idéias?
Temos promovido construções positivas através de modelos positivos? Ou temos cobrado o que nem nós fazemos?
Temos estimulado-as a expressarem seus sentimentos e desejos e a se conhecerem melhor, ou temos reprimido esses sentimentos?
Temos deixado que sonhem e busquem realizar seus sonhos, sendo crianças autônomas, empreendedoras e felizes? Ou temos imposto nossos sonhos a elas ou até mesmo as impedido de sonhar?

Enfim, pensem em como estamos ajudando nossas crianças e tenham claro que o investimento dado para a construção da identidade das mesmas merece um lugar de destaque, porque o desafio maior de toda vida é o do autoconhecimento e da autoaceitação, bases para uma vida feliz!












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